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Eu sou salvo mesmo?!

Atualizado: 22 de ago. de 2018

Em algum momento ou outro, você já lutou ou irá lutar com alguma dúvida sobre sua salvação. A preocupação é legítima diante do que está em jogo: a eternidade. Porém, a forma de lidar com a angústia que a pergunta produz varia de pessoa para pessoa. Alguns procuram ignorar sua urgência, ocupando-se com inúmeras atividades para aliviar uma consciência que não se cala. Outros buscam se assegurar em repetições nem sempre bem compreendidas, por exemplo: “uma vez salvo, salvo para sempre”. São proposições doutrinárias que nos ajudam a compreender a segurança da salvação. Porém, quando essas sentenças são isoladas do que a Bíblia ensina sobre a natureza da salvação, o agir do Espírito e o crescimento espiritual, elas perdem seu valor prático em testemunhar no seu coração a certeza da sua salvação. Resultado: a dúvida continua.


Então, para ajudar você a lidar com esse assunto angustiante, pense na certeza da salvação dividida em dois aspectos. O primeiro aspecto da certeza da sua salvação tem a ver com um fato, uma realidade. O segundo tem a ver com a sua experiência pessoal. Os dois caminham juntos testificando um estado espiritual: salvação.


A certeza da salvação é uma realidade

Jesus declarou que Ele nunca irá lançar fora os que são dEle. Os Seus são aqueles que vieram até Ele, e foram até Ele porque o Pai lhe deu cada um: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (João 6.37). A certeza da salvação é uma realidade resultado da ação divina na salvação. O Pai deu ao Filho quem o Filho irá guardar para sempre. Está garantido.


Além da escolha do Pai e da redenção do Filho, o Espírito Santo atua diretamente na certeza da salvação: “...depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Efésios 1.13, 14). Ou seja, aqueles que creem no Evangelho recebem a garantia do selo do Espírito Santo para resgate na eternidade.


Por isso, a certeza da salvação é uma realidade garantida pela ação do Pai, do Filho e do Espírito Santo.


A certeza da salvação é uma experiência

Além de ser uma realidade, a certeza da salvação envolve um aspecto pessoal e, num certo sentido, subjetivo também. A certeza da salvação é algo que experimentamos. Embora seja subjetiva, a experiência da certeza da salvação não é fabricada da forma que bem entendemos ou queremos. Pelo contrário, ela é resultado da ação do Espírito Santo em nos levar a matar as obras da carne, crescer em graça e exercitar as disciplinas espirituais. Assim, “o próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8.16).


A experiência da certeza da salvação é uma bênção pelo prazer que proporciona ao crente e também pelo termômetro de seu real estado espiritual. Ou seja, as dúvidas quanto à certeza da salvação devem nos levar ao arrependimento. A confissão como resultado da profunda convicção de pecado é o primeiro passo. O crente tem seu coração sondado pela Palavra, mas não fica só aqui. A introspecção sem ação é um veneno para a alma que irá levar o crente a contemplar seu próprio pecado sem a esperança do Evangelho e de mudança.


Para nos exortar à ação, o apóstolo João deixou um ensino valioso: “Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus” (1 João 5.13). Que “coisas” são essas? Tudo aquilo que preenche os capítulos 1 a 5 de sua primeira carta (1 João). O crente sabe que tem a vida eterna porque ele confessa seu pecado (1 João 1.9), anda como Jesus andou (1 João 2.6), não vive num estilo de vida marcado pelo pecado sem arrependimento (1 João 3.9), confessa as doutrinas básicas da fé cristã (1 João 4.3), ama o próximo (1 João 4.19), vive vitoriosamente nesse mundo (1 João 5.4), etc.


Certeza da salvação na prática

Diante de tudo isso, aquele que duvida precisa responder algumas perguntas e encarar algumas realidades:


1) Pode ser que a insegurança da salvação seja resultado de uma convicção de pecado sem salvação. Nesse caso, arrependa-se do seu pecado, clame ao Senhor Jesus por mudança, crendo de que Ele é Senhor e Salvador. Confesse o Senhor com sua boca e creia com o seu coração. Hoje é dia de salvação.


2) Pode ser que o sentimento de insegurança seja resultado de uma vida estagnada em pecado. Nesse caso, arrependa-se de sua letargia espiritual. O que você tem buscado em lugar do Senhor Jesus Cristo? Quais são os “obstáculos” que impedem seu avanço na corrida espiritual? Tudo isso precisa ser deixado de lado na busca pelo que é agradável ao Senhor (Hebreus 12.1, 2).


Para ambas, a afirmação do amor de Deus no coração irá lançar fora o medo do juízo (1 João 4.18), produzindo um testemunho de segurança nos braços dAquele que prometeu nunca nos lançar fora.


Editorial do Pr.Alexandre "Sacha" Mendes



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