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Quem Você Mais Ama?

“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim;

quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim.”

(Mateus 10.37)

 

Talvez este seja um dos versículos mais desafiadores de Jesus. Para muitos, essa declaração parece dura e contraditória, especialmente considerando o chamado de Cristo ao amor e à paz. No entanto, ao examinarmos mais profundamente, entendemos que Jesus está nos ensinando sobre a prioridade suprema que Ele deve ter em nossas vidas.

 

O Chamado ao Amor Supremo

 

Jesus não está nos chamando a rejeitar nossas famílias, mas a compreender que nosso amor por Ele deve estar acima de qualquer outro. Isso não significa que devamos literalmente odiar nossos parentes, mas que o nosso compromisso com Cristo deve ser tão intenso que qualquer outro amor pareça menor em comparação.

 

A prova disso é que o próprio Jesus nos ensina a honrar pai e mãe (Mateus 15.4) e a amar o próximo como a nós mesmos (Marcos 12.31). O ponto central de Mateus 10.37 é que o verdadeiro discipulado requer uma entrega total, onde Cristo ocupe o lugar mais alto em nosso coração e seja o nosso bem mais precioso.

 

O Maior Exemplo de Amor

 

Esse amor supremo também é exemplificado pelo próprio Deus, sendo demonstrado quando enviou seu Filho unigênito ao mundo para morrer em nosso lugar (João 3.16). Deus nos amou mais do que a própria vida de seu Filho, entregando-O para que pudéssemos ser salvos. Esse amor sacrificial é a essência do Evangelho e o modelo do amor que devemos ter por Cristo.

 

A Diferença Entre Amor e Obediência

 

Algumas pessoas interpretam o amor a Cristo apenas como obediência aos Seus mandamentos (João 14.15). No entanto, o amor verdadeiro é mais do que simples obediência: é deleite, admiração, satisfação e entrega total. Tais aspectos são em parte observados em nossos relacionamentos entre pais e filhos, marido e mulher e até em amizades, os quais têm como objetivo justamente nos ajudar a entender o amor supremo. Amar a Cristo é reconhecê-lO como nosso bem maior, como Paulo declarou: “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Filipenses 3.8).

 

A Prova do Amor a Cristo

 

Abraão é um exemplo poderoso desse amor supremo. Deus lhe prometeu um filho e, quando Isaque nasceu, era o maior tesouro de sua vida. Mas então veio a prova: Deus pediu que ele sacrificasse Isaque. O que estava em jogo? O coração de Abraão pertencia mais ao presente ou ao Doador? Ele amava o dom mais do que Aquele que o concedeu?

 

Abraão demonstrou sua fé ao confiar que Deus proveria. No final, Deus substituiu Isaque pelo cordeiro, prefigurando o verdadeiro Cordeiro que seria oferecido por nós. Esse episódio ilustra perfeitamente a questão de Mateus 10.37: amamos Cristo acima de todas as coisas? Estamos dispostos a sacrificá-las para seguir a vontade de Deus?

 

Como essa passagem impacta nossa vida prática?

 

  1. Cristo em primeiro lugar: devemos examinar nossos corações e perguntar: "Existe algo que eu amo mais do que a Cristo?". Nossa lealdade a Ele deve ser absoluta, independentemente das consequências.

     

  2. Discipulado tem custo: seguir Jesus pode trazer conflitos familiares e desafios pessoais. Nem sempre será fácil, mas é o caminho da verdadeira vida.

     

  3. O verdadeiro tesouro: assim como Abraão confiou que Deus proveria, também devemos confiar que Jesus é suficiente. Ele é mais valioso do que tudo o que possamos perder por segui-lO.

 

Conclusão

 

Mateus 10.37 nos desafia a avaliar nossas prioridades. Quem ocupa o trono de nosso coração? Nossos relacionamentos, carreira, sonhos ou Cristo? Seguir Jesus é uma decisão radical, mas absolutamente recompensadora. Deus nos amou de tal maneira que entregou seu Filho por nós; que possamos amá-lO acima de tudo e encontrar nEle nosso maior tesouro!

 

Editorial de André Negrão Costa



 

 

 

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