Quando o assunto é sexo, nossa cultura enlouquece! A mídia, os filmes, livros, piadas, conversas, roupas, quase tudo que o mundo produz hoje tem algum tipo de apelo ou conotação sexual. Cantoras fazem danças em seus clipes e shows que são insinuações de sexo. Pessoas acessam diariamente conteúdos pornográficos que são gerados em uma velocidade assustadora. Canais de televisão que unem humor com conotação sexual crescem e são cada vez mais vistos. Dietas milagrosas e academia fazem parte da rotina de muitos que desejam ter o "corpo perfeito". Sites de traição e estatísticas de separação tem crescido vertiginosamente. Os habitantes de Sodoma e Gomorra, vendo a nossa cultura, talvez se impressionariam com a abrangência e a profundidade da perversão sexual em que vivemos.
1. Insanidade
A insanidade da nossa cultura em relação ao sexo chegou a um patamar extremo. Garotas encontram suas identidades na forma do seu corpo ou quão fino é seu nariz. Rapazes encontram suas identidades nas suas conquistas sexuais ou na aparência física. Homens e mulheres encontram significado em uma busca insaciável por prazer e terminam do mesmo jeito, insaciados. Mesmo dentro da igreja essa cultura insana tem afetado membros e frequentadores.
A Palavra de Deus nos mostra que este não é um problema externo da nossa cultura, como muitos pensam, mas provém de dentro de nós, como o Senhor Jesus afirmou em Marcos 7.20b-21: "O que sai do ser humano é o que o torna impuro. Pois é de dentro do coração dos homens que procedem os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os furtos, os homicídios, os adultérios...".
Se fosse um problema de localidade, poderíamos mudar para outra cidade. Seria possível ir para um lugar mais calmo ou talvez nos isolarmos do mundo. Mas porque a insanidade sexual vem de dentro do coração, não podemos! Não podemos fugir de nós mesmos e por isso precisamos de resgate! Precisamos de um resgatador que é sábio e amoroso. E esse salvador é o Senhor Jesus Cristo. Ele é sábio, amoroso e não se esquecerá de nós em nossos momentos de necessidades!
“Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.” - Hebreus 4.16
2. Escravidão
O pecado sexual também tem levado diversas pessoas, cristãs ou não, a um tipo de escravidão. A escravidão não se limita a pecados sexuais, mas a qualquer tipo de pecado cometido desenfreadamente. Sobre isso a Palavra de Deus também nos instrui no Salmo 115.4-8: "Os ídolos são de prata e ouro, obra das mãos do homem. Tem boca, mas não falam; tem olhos, mas não veem; tem ouvidos, mas não ouvem; tem nariz, mas não cheiram; tem mãos, mas não apalpam; tem pés, mas não andam; nem som algum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a eles aqueles que os fazem e todos os que neles confiam."
No Antigo Testamento, os ídolos eram feitos a partir da imaginação do homem; eram adorados e venerados. As pessoas acreditavam que estes ídolos poderiam abençoá-las e, consequentemente, satisfazê-las de alguma forma. Portanto, a idolatria que hoje caracteriza aqueles que estão escravizados no pecado sexual é muito semelhante àquela mesma praticada há mais de três mil anos. Aqueles que estão presos em fantasias sexuais acreditam, em um nível maior ou menor, que o pecado sexual pode abençoá-los e satisfazê-los e esta é a razão de se recorrer a este mesmo ídolo constantemente.
O que podemos sintetizar da Palavra de Deus como um todo é que buscar na criação o que somente o Criador pode dar, sempre irá gerar algum tipo de escravidão. Qualquer desejo bom, se torna mau, quando for um desejo dominador. Com o sexo não é diferente, mesmo tendo sido criado por Deus e sendo bom em sua essência, quando o sexo é um meio pelo qual a criatura busca satisfação plena, resultará em escravidão. A "liberdade" se tornará em prisão. O prazer se tornará amargo (Provérbios 5.4). Portanto, devemos buscar na Bíblia os recursos corretos para enxergarmos todos os assuntos, inclusive o sexo, na perspectiva de Deus e dessa forma crescermos em Cristo no nosso comportamento, por meio da oração, meditação na Palavra e prestação de contas.
3. Glória
Algo que tem muito a ver com o sexo é a glória. Nós amamos a glória. Gostamos da glória de vencer uma competição esportiva. De ser admirado e reconhecido pela esposa. A glória de um belo quadro. A glória dos incríveis atletas. A glória da beleza do corpo humano. A glória do conhecimento intelectual. A glória da prosperidade. Animais não são assim, não comparam o tamanho de seus chifres, nem se vangloriam por isso. Dessa forma, vemos que o Senhor nos fez diferentes dos animais. Nós amamos a glória porque fomos feitos para alguém totalmente glorioso, o próprio Deus. Nós temos fome de glória, porque no fundo fomos feitos para termos fome do glorioso Deus.
A grande questão é que ao criar o mundo, Deus colocou parte de sua glória nele. Porém nada criado no mundo possui glória suprema, o tipo de glória que pode satisfazer seu coração. A glória que o mundo possui, incluindo o sexo, é um rastro de glória. É o tipo de glória que coloca em evidência o Criador e não a criação. Portanto, o que vivemos em nosso dia a dia, na realidade é uma batalha pela glória. Qual vai dominar minha vida? E ao dominar minha vida, irá controlar meus pensamentos, emoções e vontades. Sexo é glorioso, mas foi criado como um sinal que aponta para a verdadeira fonte de glória que satisfaz, o próprio Deus.
Que a insanidade da nossa cultura nos lembre que nossa única saída é de sempre buscar nosso resgatador na Palavra de Deus. Que este ato pouco a pouco nos dê os olhos do Senhor Jesus Cristo a fim de enxergarmos corretamente o mundo e buscarmos a verdadeira glória, que nos satisfaz e glorifica a Deus!
Em 2 Coríntios 3.18 lemos: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.”
Editorial de Leonardo Cordeiro
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